Mais uma LeiriaCon
Este Sábado fui pela segunda vez à LeiriaCon – Convenção Nacional de Jogos de Tabuleiro.
Eu sempre gostei de jogos de tabuleiro e de cartas (não no sentido sueca, mas no sentido de Magic the Gathering), mas ao longo do tempo acabei por deixa de acompanhar este mundo.
Conheci, já não me lembro como, esta convenção no ano passado, e este ano fui lá outra vez.
Durante um fim-de-semana a organização disponibiliza dezenas de jogos que podemos experimentar livremente, com a vantagem da própria organização nos ajudar a iniciar e compreender as regras. E isso permite experimentarmos vários jogos muito mais rapidamente, ou até experimentar aquele jogo que parece ser muito complexo.
Para além disso ainda existe uma loja com alguns jogos e a venda de jogos usados. Sendo que existe muito mais variedade nos jogos usados. A imagem seguinte mostra a mesa dos jogos usados.
Eu como fui só na tarde de Sábado, só consegui jogar dois jogos. Principalmente porque o primeiro ainda demorou um bocado, mas foi um jogo muito interessante.
Invaders
Então o primeiro foi o Invaders, uma mistura de jogo de tabuleiro com cartas.
Este jogo é para dois jogadores e por turnos, onde um faz o papel da Humanidade e outro o papel dos Invasores (extra-terrestres), e o esquema de jogo é interessante porque obriga a estratégias radicalmente diferentes. Por exemplo só os Invasores atacam, e estão “obrigados” a fazer dano (neste caso chamado drain) todos os turnos, sob pena de irem descendo um indicador de invasão que se chegar a zero os faz perder o jogo.
Existem vários tipos de cartas para os dois jogados, desde o equivalente ao feitiço imediato (instant no Magic) ou aos encantamentos, passado por soldados / aliens, a instalações. A variedade permite que se utilize várias estratégias. No entanto uma grande parte do jogo é fazer com que o baralho do oponente fique vazio (uma das formas de ganhar o jogo), e outra é que o custo para jogar cartas é descartar outras. Isto faz com que não possamos contar como todas as cartas do baralho ou mesmo da mão para poder efectivar a nossa estratégia (mais um ponto de complexidade).
Para além das cartas normais, a Humanidade tem um tipo de cartas especiais, os Heróis, que temos de ter um em jogo a todo o instante caso contrário perdemos o jogo.
E por fim ainda existem estratégias (5 para os Invasores, 4 para os Humanos) que se podem activar ao longo do jogo.
É claro que o jogo tem muito mais elementos do que eu escrevi nesta breve introdução, mas queria simplesmente dar umas luzes para quem estiver interessado neste tipo de jogos.
Jaipur
Como o tempo ficou pouco, perguntamos à organização se nos podiam sugerir um jogo onde o setup e o próprio jogo não demorasse muito tempo. Sugeriram, e muito bem, o Jaipur.
O tema do jogo é completamente diferente do anterior, aqui entramos no papel de um comerciante (pelo nome e produtos, um comerciante do médio-oriente), e temos como objectivo ganhar mais dinheiro que o nosso opositor.
Mas a forma de ganhar dinheiro é que é interessante, em vez de conceitos como os no Monopólio, em que se lida directamente com ele, no Jaipur podemos a cada turno comprar cartas (estão sempre 5 cartas da mesa) ou vender os produtos, mas só uma das ações. Quando a venda é feita obtemos um token que equivale a um valor, para cada produto os tokens vão descendo de valor a cada venda, e se vendermos mais que três cartas de um produto de uma vez ainda obtemos um bónus.
Para além dos produtos, existem as cartas de camelos, que não podem ser vendidos, mas servem para comprar mais que uma carta de cada vez, e no fim de uma ronda ainda contam 5 pontos para o jogador que tiver mais camelos.
Novamente a possibilidade de estratégias aqui é enorme, porque temos de ter em conta o nosso jogo, mas também tentar prever o que o nosso oponente vai fazer.
É um jogo simples mais muito interessante.
Alguém joga jogos destes? Conhecem exemplos fixes? Deixem nos comentários para ver se eu recomeço a acompanhar este mundo.